A saúde pública de fortaleza vem passando por sérios problemas desde o último dia 29/05. Os motivos desta crise não são os atrasos em atendimentos, filas intermináveis, falta de medicamentos ou quaisquer outros transtornos já corriqueiros dos hospitais de "terceiro mundo". Hoje completam 16 dias que os funcionários dos Postos de Saúde, Gonzaguinhas e
Frotinhas entraram em greve.
No Frotinha de Messejana somente 30% dos pacientes estão sendo atendidos, sendo prioridade apenas as emergências, pois para os casos menos graves é preciso se "tomar um chá de cadeira" para conseguir atendimento. Indo ao Frotinha de Antônio Bezerra é possível constatar que um maior número de profissionais aderiram a greve e a situação se torna mais complicada, como me falou o aposentado Francisco da Cruz, que precisava de pelo menos um encaminhamento para fazer um exame de próstata. "Tive aqui na terça-feira(08/06) e as portas estavam fechadas, nem me perguntaram o que eu queria fazer", enquanto isso vários funcionários se recusavam a trabalhar, apesar de estarem no hospital.
Médicos, que aparentemente não aderiram a greve completamente, chegaram a afirmar para a imprensa que estavam com suas equipes completas mas que não tinham como proceder com tantos desfalques. A Assistente social do Frotinha de Parangaba, Danielle Landim, relatou que nesta última semana tiveram manifestações de maior impacto, como a que ocorreu na então fechada Secretaria de Saúde e junto ao SAMU(Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), onde protestantes trouxeram faixas e apitos para fazer uma verdadeira "apitada", para chamar a atenção de políticos, populares e pacientes, vindos até do interior, muitas vezes desinformados que, uma semana antes, chegavam aos hospitais sem saber encontrariam a paralisação.
No Frotinha de Parangaba foi possível ver que praticamente não se tinha greve. Atendimentos considerados por alguns grevistas simples e desnecessários para o momento estavam ocorrendo normalmente. "Ainda bem que atenderam, por que eu tava com um medo dessa greve. A gente vê crianças com problemas, né? É muita maldade não atender, mas aqui ta tudo normal, e olha que até nem demorou", comentou a aposentada Lurdes, com sua neta de braço engessado. Há certo receio em afirmar que aderiu a greve por completo. Talvez por todo o impasse entre as partes em negociata, funcionários de saúde, que querem cerca de 13% de reajuste nos salários, gratificações diferenciadas para cada categoria e melhores condições de trabalho, enquanto o governo diz já ter feitos reajustes justos e afirmar que os salários estão em dias.
Áurea Pinheiro, que comanda a Chefia de Enfermagem do Frotinha de Parangaba comentou sobre as categorias em greve. "Os médicos mesmo não tem parado muito, mais os enfermeiros. Mas aqui estamos funcionando bem, na medida do possível." Médicos ou enfermeiros o que se vê é uma paralisação, provavelmente justa pelo lado dos grevistas, mas muito injusta para os que sofrem as consequências.
Matéria e Fotos: Matheus Barros
Frotinhas entraram em greve.
No Frotinha de Messejana somente 30% dos pacientes estão sendo atendidos, sendo prioridade apenas as emergências, pois para os casos menos graves é preciso se "tomar um chá de cadeira" para conseguir atendimento. Indo ao Frotinha de Antônio Bezerra é possível constatar que um maior número de profissionais aderiram a greve e a situação se torna mais complicada, como me falou o aposentado Francisco da Cruz, que precisava de pelo menos um encaminhamento para fazer um exame de próstata. "Tive aqui na terça-feira(08/06) e as portas estavam fechadas, nem me perguntaram o que eu queria fazer", enquanto isso vários funcionários se recusavam a trabalhar, apesar de estarem no hospital.
Médicos, que aparentemente não aderiram a greve completamente, chegaram a afirmar para a imprensa que estavam com suas equipes completas mas que não tinham como proceder com tantos desfalques. A Assistente social do Frotinha de Parangaba, Danielle Landim, relatou que nesta última semana tiveram manifestações de maior impacto, como a que ocorreu na então fechada Secretaria de Saúde e junto ao SAMU(Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), onde protestantes trouxeram faixas e apitos para fazer uma verdadeira "apitada", para chamar a atenção de políticos, populares e pacientes, vindos até do interior, muitas vezes desinformados que, uma semana antes, chegavam aos hospitais sem saber encontrariam a paralisação.
No Frotinha de Parangaba foi possível ver que praticamente não se tinha greve. Atendimentos considerados por alguns grevistas simples e desnecessários para o momento estavam ocorrendo normalmente. "Ainda bem que atenderam, por que eu tava com um medo dessa greve. A gente vê crianças com problemas, né? É muita maldade não atender, mas aqui ta tudo normal, e olha que até nem demorou", comentou a aposentada Lurdes, com sua neta de braço engessado. Há certo receio em afirmar que aderiu a greve por completo. Talvez por todo o impasse entre as partes em negociata, funcionários de saúde, que querem cerca de 13% de reajuste nos salários, gratificações diferenciadas para cada categoria e melhores condições de trabalho, enquanto o governo diz já ter feitos reajustes justos e afirmar que os salários estão em dias.
Áurea Pinheiro, que comanda a Chefia de Enfermagem do Frotinha de Parangaba comentou sobre as categorias em greve. "Os médicos mesmo não tem parado muito, mais os enfermeiros. Mas aqui estamos funcionando bem, na medida do possível." Médicos ou enfermeiros o que se vê é uma paralisação, provavelmente justa pelo lado dos grevistas, mas muito injusta para os que sofrem as consequências.
Matéria e Fotos: Matheus Barros